A caneta azul era do doutor
O menino foi ao médico
E a tal caneta azul
Do médico ele ganhou.
Quando a caneta azul não escrevia mais nada
O menino jogou a caneta fora
A caneta caiu lá perto da taboa,
Na beira da estrada.
Certo dia um poeta apareceu lá perto da taboa
E ele encontrou a tal caneta azul.
A caneta não tinha mais tinta,
Mas por fora a caneta ainda estava boa.
O poeta pendurou a caneta no seu peito
E como um sinal de respeito
Contou essa história para sua patroa.
Mas a sua nora ao saber da mesma história
Ela pegou uma caneta prata,
Com o símbolo da nossa Senhora
Que veio de São Paulo, lá de Aparecida.
Ela colocou a carga dessa caneta
Na caneta azul que estava perdida.
Eu até pude perceber
O primeiro rabisco que ela fez,
Pois outra vez,
A caneta azul voltou a escrever.
A última receita que o médico receitou numa boa,
Foi para o menino!
Com a tal caneta azul
Que o poeta encontrou Lá na taboa.
|